Inovação em Saneamento: Contribuição dos Filtros para Bueiros da FILTROX BUEIROS

A privatização da Sabesp, concluída hoje com a liquidação da oferta pública das ações, marca um novo capítulo para o saneamento básico em São Paulo. Com a entrada significativa de capital privado, como a Equatorial adquirindo 15% das ações por R$ 6,9 bilhões, surgem novas oportunidades para acelerar a universalização dos serviços de água e esgoto na região até 2029, quatro anos antes do previsto.

ALESSANDRA GUELBER, THIAGO GUELBER

7/22/20246 min read

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Nesse cenário de mudanças estruturais, os equipamentos inovadores da FILTROX BUEIROS desempenham um papel crucial no aprimoramento do saneamento básico urbano. Os filtros para bueiros não apenas ajudam a prevenir enchentes e alagamentos, capturando resíduos sólidos como folhas e plásticos que obstruem os sistemas de drenagem, mas também contribuem de diversas maneiras essenciais:

  1. Prevenção de Impactos Ambientais: Ao evitar que resíduos sólidos contaminem rios e sistemas de esgoto, os filtros da FILTROX BUEIROS promovem a preservação da qualidade da água, fundamental para a saúde pública e o meio ambiente.

  2. Redução de Custos Operacionais: A manutenção constante de sistemas de drenagem urbana é onerosa. Com os filtros, há uma redução significativa nos custos operacionais de limpeza e desobstrução, além de minimizar os gastos com reparos emergenciais causados por problemas de inundação.

  3. Eficiência na Gestão de Resíduos: Contribuem para uma gestão mais eficiente dos resíduos urbanos, apoiando práticas sustentáveis e responsáveis com o meio ambiente.

  4. Impacto Social Positivo: Ao melhorar a infraestrutura urbana e reduzir os riscos de desastres relacionados à água, como enchentes, os filtros para bueiros promovem um ambiente urbano mais seguro e saudável para os moradores de São Paulo.

Com os investimentos previstos no Plano Regional de Saneamento Básico, que destina R$ 69 bilhões à universalização do saneamento até 2029, a parceria público-privada fortalece a capacidade da Sabesp de acelerar esses projetos. A Equatorial, conhecida por sua boa gestão no setor de energia e agora no saneamento, pode aproveitar essa sinergia para otimizar operações e garantir o cumprimento das metas de eficiência e qualidade estabelecidas pelo novo modelo de gestão.

Os filtros para bueiros da FILTROX BUEIROS não só representam uma inovação tecnológica crucial para o saneamento urbano, mas também são um componente vital para a construção de cidades mais sustentáveis e resilientes em São Paulo. Ao integrar soluções avançadas como essas, as autoridades e empresas do setor estão não apenas respondendo às necessidades imediatas, mas também preparando o caminho para um futuro urbano mais seguro e sustentável.

Sabesp conclui privatização hoje: desafio agora é reduzir tarifa e antecipar universalização do saneamento em SP (https://oglobo.globo.com/economia/negocios/noticia/2024/07/22/sabesp-conclui-privatizacao-hoje-desafio-agora-e-reduzir-tarifa-e-antecipar-universalizacao-do-saneamento-em-sp.ghtml)

João Sorima Neto

A privatização da Sabesp termina nesta segunda-feira com a liquidação da operação da oferta pública das ações que o governo de São Paulo ofereceu ao mercado.

A entrada de capital privado, através de um acionista de referência, a Equatorial, que comprou 15% dos papéis por R$ 6,9 bilhões, será fundamental para que se busque a antecipação das metas de universalização do serviço de água e esgoto de 2033 para 2029, dizem analistas. Outro desafio, será a redução de tarifa em até 10% para uma parcela dos consumidores, segundo ficou aprovada na oferta pública de ações.

A Sabesp terá que reduzir tarifas, dentro de um cenário de mudança de regras. Atualmente, os investimentos da empresa são pré-pagos. Primeiro são considerados no cálculo da tarifa e depois são realizados. Agora, serão pós-pagos: primeiro a Sabesp realiza os investimentos e, então, eles serão considerados no cálculo da tarifa.

Para Percy Soares Neto, sócio da Ikigai Consultoria e ex-diretor da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon) a criação de um fundo com recursos para esse fim é essencial.

O governo anunciou a criação do Fundo de Apoio à Universalização do Saneamento Básico no Estado de São Paulo (FAUSP), que será financiado com 30% do valor obtido na desestatização e pelos dividendos pagos pela Sabesp ao governo após a desestatização.

— O fundo é subsídio direto para garantir a modicidade da tarifa — diz Soares, lembrando que a redução será um desafio conjunto entre a Equatorial e o governo, principais acionistas da Sabesp.

Com o novo modelo, o governo promete redução de até 10% nas tarifas social e vulnerável para famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico). Tem direito à tarifa vulnerável quem está na primeira faixa do CadÚnico, ou seja, quem tem renda familiar per capita de até R$ 218. Já a tarifa social se destina a quem tem renda familiar per capita entre R$ 218 e meio salário mínimo.

Já a tarifa residencial terá queda de 1%, e as demais, como comercial e industrial, terão 0,5% de diminuição, segundo o governo. A Agência Regulatória de Serviços Públicos de São Paulo (Arsesp) será responsável pela fiscalização e envio dos dados dos beneficiários à companhia. O contrato prevê ainda que sejam incluídas no serviço áreas rurais e favelas não abstecidas ou com serviço de esgotamento.

Investimentos bilionário

O Plano Regional de Saneamento Básico, aprovado em 20 de maio pelo governo paulista e municípios prevê R$ 260 bilhões em investimentos até 2060, dos quais R$ 69 bilhões serão destinados à universalização do saneamento básico em São Paulo até 2029.

— Com um sócio privado, a Sabesp fica com capacidade de acelerar os investimentos, ganha produtividade e conseguirá antecipar as metas de universalização. A Equatorial é uma empresa que não tem grande alavancagem (endividamento) e aguenta o tranco — diz Gesner Oliveira, ex-presidente da Sabesp e sócio da consultoria GO.

A Equatorial informou numa apresentação a investidores que já garantiu um financiamento-ponte com prazo de 18 meses, e avalia “diversas alternativas” para financiamento de longo prazo.

De acordo com analistas, a empresa é conhecida no mercado por sua boa gestão em ativos de energia, tem capital aberto (com estratégia conhecida pelos investidores) e portanto tem acesso mais fácil ao mercado de capitais.

Um especialista, que prefere não se identificar, diz que o grande desafio da Equatorial será equilibrar as relações com o poder público (o governo de São Paulo terá ainda 18,03% das ações depois de abrir mão de sua participação de 50,3%), com a agência reguladora paulista (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo — Arsesp) e com a agência federal (Agência Nacional de Águas — Ana).

Será preciso uma relação 'republicana', diz o especialista, para que o negócio não perca valor e ao mesmo tempo as promessas do governo após a privatização avancem. A Equatorial poderá indicar três memnbros do Conselho de Administração, além do presidente da Sabesp.

Governo paulista otimista

No governo paulista, mesmo com a falta de concorrência entre os acionistas de referência, a chegada da Equatorial é bem-vista, e a avaliação é que pode melhorar a governança e a gestão da Sabesp. Com algumas regras para o acionista de referência incluídas na privatização, o governo de Tarcísio de Freitas acredita numa parceria de longo prazo com a empresa.

A Equatorial, por exemplo, não pode se desfazer das ações da Sabesp compradas na oferta pública por cinco anos. Também não poderá comprar mais ações, de forma a ter o controle da companhia, ou participar de outras licitações em São Paulo. Essas travas, dizem os especialistas, é que afastaram outros possíveis investidores na empresa.

A Equatorial opera majoritariamente no setor de energia. Em saneamento, é praticamente uma novata, já que atua desde 2021, quando venceu leilão para concessão da Companhia de Saneamento do Amapá, a CSA, com lance de R$ 930 milhões e compromisso de investimento de R$ 880 milhões. O corpo técnico da Sabesp, considerado de ótima qualidade, será fundamental para que a empresa tenha um bom desempenho em São Paulo.

— A Equatorial pagou um peço mais baixo do que o de mercado pelas ações da Sabesp, mas terá que ficar cinco anos com as ações da empresa, terá o governo como sócia, e precisa buscar a antecipação da universalização dos serviços. Acredito no sucesso da parceria porque trata-se de uma empresa com boa governança e transparência — diz Gesner Oliveira.

A Sabesp presta serviço a 375 municípios paulistas, com 28 milhões de clientes . É a maior empresa de saneamento do país — e está entre as maiores do mundo. O projeto que autorizou a privatização da Sabesp foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo em dezembro de 2023. Na capital, a privatização foi aprovada na Câmara Municipal em 2 de maio deste ano.

Em 2023, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 3,1 bilhões. Desse total, 25% foram distribuídos como dividendos aos acionistas.

Outros 15% das ações da empresa foram oferecidos a fundos de investimento (mais de 50% estrangeiros), além de pessoas físicas e aposentados da empresa. Segundo os documentos finais, pelo menos 1,5 mil CPFS se interessaram pelos papéis da Sabesp, levando R$ 1,5 bilhão. Houve rateio das ações, já que as ordens de reserva chegaram a R$ 187 bilhões, maior valor de uma oferta secundária de ações no Brasil, para apenas R$ 8 bilhões em ações ofertadas. O governo paulista embolsou quase R$ 15 bilhões na operação de venda de sua participação.

As ações da Sabesp operam cotadas a R$ 84 na B3, o maior patamar histórico de preços do papeis, segundo analistas, já refletindo o destravamento de valor da companhia. Bancos avaliam que as ações podem chegar a valer R$ 100 no médio prazo.